Tive um professor que me disse que o canto acontece nas vogais. Até então nunca tinha me atentado a isso, parece um pouco óbvio, porém quando partimos para a prática, tudo muda, aquilo que parecia simples se mostra por ora complicado. Sobre esta reflexão compartilho para vocês um estudo que desenvolvi para otimizar nossa compreensão sobre as vogais e suas nuances.
Lembre-se sempre que as nossas vogais em sua sonoridade natural nos fornecem posicionamento de língua e abertura de boca que devem ser usados como referência, como na imagem abaixo:
Gosto muito de pensar nos vetores, podemos entender a vogal A como sendo a de maior abertura horizontal e vertical, sendo as vogais E e I também de máxima abertura lateral, porém se diferem entre si e também da vogal A, pela abertura vertical, sendo a vogal E mais aberta que a vogal I. Para a vogal O temos uma grande abertura vertical e pequena abertura horizontal e por fim a vogal U tem a menor abertura vertical e horizontal.
O posicionamento da Língua é muito importante para a definição das nuances de cada vogal, associando-se às aberturas anteriormente apresentadas, compõem suas variações fonéticas.
Quando associamos todas as possibilidades de articulações das vogais, temos muitas nuances e características fonéticas diferentes, como no exemplo a seguir:
Para encontrar as diferentes sonoridades de nossas vogais, além dos ajustes de língua, abertura e profundidade, ainda podemos fazer um ajuste híbrido entre duas vogais, como apresentado no gráfico anterior.
Exemplo:
O controle da articulação vocal se mostra de grande valor para buscar resultados estéticos/técnicos de acordo com o repertório escolhido, podendo funcionar muito bem como exercício para fortalecimento da musculatura vocal.
Gabriel ‘Blackalpha’ Benjamim
Professor de Canto